CRESS-MA
NOTÍCIAS
CFESS lança cartilha sobre a incompatibilidade da graduação à distância e o Serviço Social
27 de setembro de 2014
ASCOM CRESS/MA

43EN_Dia02Durante o 43º Encontro de Assistentes Sociais que ocorreu em Brasília no período de 18 a 21 de setembro, o CFESS lançou o segundo volume que trata sobre a incompatibilidade da graduação a distância e o serviço social.

O documento trata sobre a precarização da educação superior brasileira, destacando a graduação à distância através das informações de irregularidades denunciadas ao CFESS após ações de fiscalização realizadas pelos CRESS nas instituições de formação que oferecem cursos de graduação em Serviço Social na modalidade EAD. A cartilha reforça tanto o descompromisso das instituições de ensino superior que ofertam o curso de Serviço Social EaD, como o descaso do Ministério da Educação (MEC) no que diz respeito ao acompanhamento e a fiscalização do funcionamento desses cursos.

Sob a perspectiva da precarização e mercantilização do Ensino Superior no Brasil, a cartilha trás dados sobre o processo de supervisão direta de estágio, atribuição privativa de assistentes sociais e momento central da formação profissional de estudantes. Tais questões potencializam e elucidam o saber sobre o descompromisso das instituições de ensino e do Ministério da Educação com a educação de qualidade enquanto direito social.

Por meio da cartilha, o trabalho realizado pelos Conselhos Regionais de Serviço Social e sistematizado pela Assistente Social, assessora do Grupo de Trabalho (GT) responsável pela elaboração do documento, Larissa Dahmer Pereira, evidencia e defende a necessidade de uma educação púbica, laica, presencial e de qualidade. Assim, o estudo busca tornar públicas as informações sobre a mercantilização e precarização do ensino superior que são desconhecidas por muitas pessoas. Para a professora Larissa Dahmer Pereira, “O EaD é a máxima indicação da precarização e da mercantilização do ensino superior no Brasil”, afirmou.

Portanto, a cartilha tem o objetivo de despir a falácia do discurso da “democratização do ensino” já que o mesmo conduz a uma política que reforça as desigualdades sociais do país onde os/as ricos possuem o acesso ao ensino de qualidade e aos que não possuem condições para ingressar nas instituições públicas presenciais ou de custear a sua formação de qualidade, sobram às ofertas de cursos de ensino a distância.

Para baixar a cartilha, clique aqui.

FOTO: Rafael Werkema/CFESS