FONTE: Comunicação CRESS Nordeste
Foto: na parte de cima da imagem, a esquerda, Telma Tremembé e a direita, Débora Nunes, na parte de baixo, a esquerda, a mediadora Flávia Clemente e a direita Pedro Bernadone.
A I Live Unificada dos CRESS do Nordeste iniciada na noite de ontem, 20/05, foi um sucesso, transmitida pelo canal do Youtube do CFESS e pelo Facebook dos nove CRESS que compõe a região nordeste, a atividade contou com a participação de mais de 400 pessoas que puderam presenciar falas de resistência e luta em defesa do direito à vida dos povos originários e comunidades tradicionais.
A mesa de abertura, realizada por meio de vídeo, contou com a presença da presidenta do CFESS, Elizabeth Borges, e representantes dos CRESS do Maranhão, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte. A atividade cultural ficou por conta da banda Coisa Luz de Natal (RN), que realizou uma belíssima apresentação com a interpretação da música “Afroameríndia”.
Foto: participação da presidenta do CRESS-MA, Cristiana Lima, na mesa de abertura do primeiro dia.
A mesa de debate “Resistência e luta em defesa do direito à vida no campo e na cidade – pelos povos originários e comunidades tradicionais” teve a mediação da assistente social e professora de Serviço Social da Universidade Federal de Pernambuco, Flávia Clemente, e foi composta por lideranças de comunidades e povos tradicionais, que puderam realizar uma análise de conjuntura sobre o impacto da pandemia.
Andrea Macedo, representante quilombola, deu início às falas da mesa de debate abordando a importância do projeto ético-político do Serviço Social e sua relação com as comunidades quilombolas. Em seguida, Telma Tremembé, representante da comunidade indígena, deu início a sua fala fazendo uma leitura de um dos textos do seu livro “Raízes do meu ser – meu passado presente indígena”. Telma apresentou as injustiças que estão sendo cometidas com os povos indígenas, dando o exemplo da liderança Sônia Guajajara, que está sendo perseguida por lutar pelos direitos dos povos indígenas, finalizou conclamando a união de todas/os contra o retrocesso e o genocídio dos povos originários.
Seguindo as falas da mesa de debate, Débora Nunes, dirigente nacional do MST, apresentou o contexto da crise do capitalismo e as consequências da pandemia, sobretudo para a classe trabalhadora, que tem arcado com a maior parte da crise. “São tempos difíceis, mas não podemos perder as esperança, continuemos resistindo e construindo”, finalizou.
A última pessoa da mesa a apresentar suas contribuições foi o representante do povo cigano, de etnia Calon, de Sousa-PB, Pedro Bernadone, substituindo à cigana, também de etnia Calon, Marcilânia Alcântara, que não pode estar presente na mesa. Pedro trouxe importantes reflexões sobre os ciganos, comunidade que ainda encontra-se à margem da sociedade e das lutas das minorias, e ainda é extremamente estigmatizada na sociedade.
Flávia Clemente, coordenadora da mesa, finalizou a noite agradecendo a participação de todos e afirmando que “A resistência e luta em defesa do direito à vida no campo e na cidade dos povos originários e comunidades tradicionais está no nosso horizonte do projeto ético político profissional, portanto, jamais poderemos abrir mão dessa postura crítica e acrítica em todos os seus aspectos: racial, de classe, de gênero, de etnia, de sexualidade e de território”.
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Conselho Regional de Serviço Social do Maranhão / CRESS-MA
Gestão "Nosso Nome é Resistência" – 2020/2023