Arte: Marcela Coelho (CRESS-MA).

O mês de abril é um período importante e necessário para reflexões sobre o contexto social e político dos povos indígenas no Brasil, assim como para a proposição de novas estratégias para resistir diante do retrocesso aos seus direitos fundamentais . É um momento de buscar visibilidade para a existência social e cultural dos povos indígenas, reconhecidas como direito constitucional em 1988 e que atualmente vem sofrendo um contínuo e crescente ataque, com a consequente marginalização social, resultantes dos conflitos por terra próprios da expansão do agronegócio, aliada a negligência do atual "(des) governo".

Especialmente no contexto de pandemia da Covid-19, os indígenas tem sido uns dos grupos mais negligenciados pelo Governo Federal. Apesar de incluídos no grupo prioritário para vacinação no país, em março, o Brasil ultrapassou o número de mil indígenas mortos devido a complicações causadas pela covid-19, demonstrando a ausência de políticas públicas emergenciais de proteção aos povos originários, entre outros aspectos relacionados às violações de direitos. Destaca-se que com tema ‘A nossa luta ainda é pela vida, não é apenas um vírus’, a Associação dos Povos Indígenas do Brasil realizou um chamado para união dos povos em um contexto de agravamento das violências e da pandemia da Covid-19. Durante todo o mês de abril o 17º Acampamento Terra Livre (ATL), une lideranças de todas as regiões do país em uma jornada de quatro semanas de ações, que integram o ‘Abril Indígena’.

Como comemorar o dia dos povos indígenas em país que não garante os seus direitos básicos? Com organização e resistência!

Lutar é preciso, e o NAS/CRESS apoia a luta indígena!

Conselho Regional de Serviço Social do Maranhão / CRESS-MA

Gestão "Nosso Nome é Resistência" – 2020/2023