FONTE: CFESS
Entidades se manifestam e exigem responsabilização do estado.
A Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (Abepss), a Executiva Nacional de Estudantes de Serviço Social (Enesso) e o Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) expressam seu posicionamento contra a violenta ação policial ocorrida no Jacarezinho, que culminou na mais letal chacina da história do Rio de Janeiro (RJ).
A megaoperação realizada pela polícia deixou, ao menos, 25 mortos. Além disso, o Ministério Público recebeu denúncias de abuso policial, sendo relatado, pela comunidade, a invasão de casas e corpos no chão da comunidade.
Tal ação ocorre em um momento de restrição das operações em favelas durante a pandemia, conforme determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na ADPF 635 (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental); e representa uma grave violência de Estado sobre a vida de milhares de trabalhadores/as que vivem na comunidade, com larga violação de direitos humanos.
REPUDIAMOS veementemente essa ação policial genocida, que se iniciou aproximadamente às 6h da manhã, horário em que ocorre grande movimentação de trabalhadores/as, que, mesmo em um contexto pandêmico, não podem deixar de trabalhar.
Destacamos ainda que tal ação impactou os serviços de saúde, impedindo a vacinação que ocorria na Clínica da Família Anthidio Dias da Silveira, bem como os serviços de transporte, educação, comércio, etc.
Assistentes sociais e estudantes de Serviço Social do Brasil reafirmam o compromisso ético com a defesa intransigente dos direitos humanos, fazendo uma crítica radical à barbárie e à banalização da vida humana. A nossa intervenção e a formação profissional são direcionadas para o enfrentamento de todas as formas de violência e opressão.
Assim, como classe trabalhadora, EXIGIMOS o fim da militarização nas favelas, periferias, comunidades e outros territórios. E nos solidarizamos com as famílias atingidas e demais moradores/as da localidade. Nada justifica tamanha violência e força indiscriminada contra trabalhadores/as, mulheres, crianças, jovens e toda a comunidade do entorno.
EXIGIMOS, ainda, que os/as responsáveis por essa CHACINA SEJAM RESPONSABILIZADOS/AS e que o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, também responda por essa ação que viola a aplicação da ADPF das Favelas (ADPF 635).
Repudiamos veementemente o ocorrido e exigimos a urgente responsabilização do governo do estado do RJ e a realização de perícia externa e independente, para averiguação dos atos policiais.
Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (Abepss)
Conselho Federal de Serviço Social (CFESS)
Executiva Nacional de Estudantes de Serviço Social (Enesso)
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Conselho Regional de Serviço Social do Maranhão / CRESS-MA
Gestão "Nosso Nome é Resistência" – 2020/2023