Cartazes já divulgados da Campanha afixados na parede de entrada do auditório. (Foto: Marcela Coelho/ CRESS-MA)
O Conselho Regional de Serviço Social – 2ª região (CRESS-MA) realizou na tarde de ontem, 29/11, em sua Sede, a I Roda de Diálogo Assistentes Sociais no Combate ao Racismo. O evento, organizado pelo CRESS-MA e articulado pela Comissão de Ética e Direitos Humanos do Conselho, faz parte da campanha de gestão do Conjunto CFESS-CRESS (2017-2020) que tem como objetivo debater o racismo no exercício profissional de assistentes sociais e, incentivar a promoção de ações de combate ao racismo no cotidiano profissional.
Assistentes sociais e estudantes do curso de Serviço Social presentes na I Roda de Diálogo. (Foto: Marcela Coelho/ CRESS-MA)
A I Roda de Diálogo, intitulada “As expressões do Racismo, Políticas e Ações de Enfrentamento” teve início com a fala da conselheira Vanessa Nathália Amorim, coordenadora da Comissão de Ética e Direitos Humanos, que fez a leitura da Carta de Porto Alegre para contextualizar o público sobre a Campanha da Gestão (2017-2020) “Assistentes Sociais no Combate ao Racismo”. O documento político ressalta a defesa intransigente dos direitos humanos e a recusa do arbítrio e do autoritarismo, defesas vinculadas às ações de combate ao racismo, aprovado durante o 47º Encontro Nacional do Conjunto CFESS-CRESS, em Porto Alegre – RS. Acesse AQUI o documento completo.
Conselheira Vanessa Nathália Amorim lendo a Carta de Porto Alegre. (Foto: Marcela Coelho/ CRESS-MA)
Em seguida, a exposição ficou a cargo da assistente social Cecília Batista, representante do Grupo de Mulheres Negras “Mãe Andresa”. O grupo “Mãe Andresa”, como é comumente conhecido, foi fundado em 1986 a partir de um movimento de mulheres negras de São Luís, que tinha como objetivo construir uma identidade positiva para as mulheres negras no Estado. Cecilia abordou aspectos conceituas sobre o racismo no Brasil, onde e como ele ocorre, fez uma breve caracterização da população negra e, por fim, mostrou como está à luta coletiva no Brasil e no Maranhão. “Existe sim uma dívida histórica com a população negra, pois, essas pessoas não pediram para sair do seu continente de origem, elas foram tiradas a força de lá”, afirmou Cecília.
Assistente Social Cecilia Batista, representando o Grupo de Mulheres Negras “Mãe Andresa”. (Foto: Marcela Coelho/ CRESS-MA)
Durante a apresentação, a assistente social exibiu dados alarmantes quanto à saúde da população negra e a violência acometida a essas pessoas. Alguns dos dados apresentados podem ser acessados no dossiê “A Situação dos Direitos Humanos das Mulheres Negras no Brasil: Violências e Violações”, documento que apresenta diferentes formas de violações de direitos humanos de mulheres negras brasileiras e foi apresentado na 157ª sessão da Comissão da OEA – Organização dos Estados Americanos. Resultado de um trabalho conjunto do Geledés – Instituto da Mulher Negra e Criola – Organização de Mulheres Negras, sob a coordenação de Nilza Iraci e Jurema Werneck. Acesse o dossiê AQUI.
Estudante do curso de Serviço Social realizando intervenção. (Foto: Marcela Coelho/ CRESS-MA)
“O momento atual é de reconhecimento dos nossos direitos constitucionais, agora mais do que nunca será preciso lutar por eles”, finaliza Cecilia Batista.
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Conselho Regional de Serviço Social do Maranhão – CRESS-MA
Gestão "Resistência e Luta" – 2017/2020