O ingresso de Genilson Protásio Filho, 17 anos, no curso técnico em informática do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA) levantou o debate sobre inclusão de pessoas com deficiência. O adolescente filho da Assistente Social e Presidente do Conselho Fiscal da atual gestão do CRESS/MA, Rosanilce Protásio será o primeiro estudante do IFMA com síndrome de Down.
O Adolescente tem síndrome de Down ou trissomia 21, uma disfunção genética causada pela presença a mais de um cromossomo, o par 21. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, a cada 600 a 800 nascimentos, uma criança tem síndrome de Down, independentemente de etnia, gênero ou classe social.
No dia 06 de fevereiro, a família de Genilson Protásio Filho foi ao IFMA para conhecer as instalações e conversar com o corpo pedagógico, algo importante, pois embora muitas instituições de ensino tenham rompido com as barreiras arquitetônicas ainda é um grande desafio as questões pedagógicas.
Genilson Protásio Filho estuda desde os 4 anos, fez natação, anda de bicicleta, adora tirar fotos e escolheu o curso técnico em informática por gostar de jogar videogame, no ano passado, foi eleito presidente da comissão de juventude do Fórum Municipal da Pessoa com Deficiência, em São Luís, movimento iniciado pelos seus pais após o seu nascimento.
A estimulação precoce de crianças que tem síndrome de Down contribui para seu desenvolvimento, porque elas apresentam um ritmo mais lento, dificuldade de concentração e de reter memórias de curto prazo, algo que atividades como música, jogos, dança, pintura e outros podem ajudar a desenvolver.
O Brasil de acordo com o censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tem 45,6 milhões de pessoas com deficiência, a mais comum é a visual, e a Região Nordeste registra os maiores níveis para todas as deficiências.
A inclusão de pessoas com deficiências na escola regular ainda é um grande desafio, embora a primeira lei que assegura o direito a educação à esse grupo seja de 1961.
Conhecer os tipos de deficiências e entender os limites que elas impõe a cada pessoa é o primeiro passo para contribuir no processo de inclusão. Assim, a sociedade compreende e passa a respeitar a luta das pessoas com deficiência pelo reconhecimento dos seus direitos.
O Conjunto CFESS/CRESS parabeniza o adolescente e a família, e espera que esta seja uma situação recorrente no que se refere a democratização da educação que deve ser de qualidade, plural, gratuita e diversa.